Quando o tempo passa e o afeto fica: sobre reencontros, saudade e coragem para reatar vínculos
- Pedro Gatti Lima
- 10 de nov.
- 2 min de leitura

Há momentos em que a vida nos engole.
Trabalho, prazos, contas, responsabilidades. O tempo se esvai em meio às tarefas que parecem urgentes demais — e, sem perceber, deixamos para depois o que realmente importa.
As mensagens ficam por responder, as ligações não feitas, os encontros adiados. E, no fundo, acreditamos que “quando tudo acalmar”, contaremos a história inteira — seja para celebrar o sucesso ou rir do tropeço. Afinal, é mais fácil compartilhar quando a dor já passou.
Mas o tempo raramente espera.
E, enquanto corremos atrás da vida, as relações que nos sustentam vão ficando nas entrelinhas. Até que um dia percebemos o vazio de estar cercado de gente e, ainda assim, sentir-se só.
A solidão, muitas vezes, não é a ausência de companhia — é a ausência de presença.
Há laços que permanecem ali, silenciosos, esperando um gesto simples: uma mensagem, uma ligação, um “como você está?”.
Reatar não é sinal de fraqueza, mas de maturidade. É reconhecer que os vínculos reais resistem ao tempo, mesmo que tenham se desgastado.
E às vezes é preciso coragem — coragem para ligar, para reviver o vínculo, para resolver as rusgas do passado, para admitir que sentimos falta.
Porque a saudade não é apenas do outro, mas também de quem éramos quando aquela relação estava viva.
E reencontrar alguém — ou até reencontrar-se — é abrir espaço para que a vida volte a respirar entre dois corações que um dia se tocaram.
🌱 A psicoterapia é um espaço onde esses reencontros podem começar.
Um lugar para compreender o silêncio, ressignificar a distância, dar nome à saudade e descobrir novas formas de estar presente.Seja para fortalecer vínculos, curar feridas antigas ou apenas reaprender a se aproximar — a terapia é um convite ao reencontro consigo e com os outros.
💬 Agende sua sessão e permita-se reatar o diálogo com o que (ou com quem) ainda importa.
Às vezes, um simples passo é o início de um reencontro profundo — com o outro, e com você mesmo.




