Aprendendo a se Valorizar: Você Merece se Ver com Outros Olhos

Muitas pessoas têm dificuldade em se reconhecer como valiosas. Elas minimizam suas conquistas, duvidam dos elogios que recebem e sentem que, por mais que façam, nunca é suficiente. Enxergam a própria história com um olhar severo, focando apenas nos erros, tropeços e situações mal resolvidas. É como se o sucesso não fosse realmente mérito seu — e o fracasso, por outro lado, fosse inteiramente sua responsabilidade.

Essa dificuldade em se dar valor afeta profundamente os relacionamentos e as escolhas de vida. Quem não acredita no próprio merecimento pode duvidar do amor do outro, achar que está sendo enganado, que não é possível ser admirado, desejado ou escolhido. Pode também sabotar oportunidades de crescimento, por não se sentir capaz ou digno de realizá-las.

Autovalorização não é arrogância — é um reconhecimento honesto de quem você é, com suas forças, conquistas e limitações. É entender que você tem valor mesmo quando erra. Que merece afeto, mesmo nos momentos de fragilidade. Que pode ser importante para alguém, mesmo nos dias em que não acredita muito em si.

Aprender a se valorizar envolve mudar o foco: sair da busca por validação externa e começar a se escutar com mais gentileza. É celebrar as pequenas vitórias, reconhecer seus esforços e aceitar os elogios sem desconforto. É também acolher os momentos difíceis como parte do caminho, sem deixar que eles definam sua identidade.

Trata-se de um processo — às vezes doloroso — de reconstrução do olhar sobre si. Mas é também um caminho possível, quando há espaço para refletir, sentir e cuidar da própria história com mais humanidade.

Reconhecer seu valor é um ato de coragem. É sair da sombra da autocrítica e permitir-se viver com mais verdade e leveza. Você não precisa continuar carregando a sensação de não ser bom o bastante, de não merecer amor, sucesso ou acolhimento.

A terapia pode ser esse espaço seguro onde você aprende, aos poucos, a se enxergar com mais clareza. A reconhecer suas conquistas — e não apenas os tropeços. A aceitar que pode, sim, ser amado e desejado como é.

Permita-se essa descoberta. Você merece se sentir inteiro. E não precisa fazer isso sozinho.

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